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EVOLUÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO DO PETRÓLEO


As mulheres da APPG YP Chapter escreveram um trabalho para o 49 Congresso Brasileiro de Geologia sobre a presença da Mulher no mundo do petróleo e gostariamos de divulgar o resumo deste trabalho aqui no blog. Vale a pena a leitura:


Valente da Silva, H.Q.1, 3, Amaral, P.F.1,2; Menezes, T. B1; Calizaya, L.P.S 1,2,4; Gama de Oliveira, R. M. A.1,2


1Jovens profissionais (YP/AAPG/Brazil); 2Universidade Estadual do Rio de Janeiro; 3 Universidade Federal do Rio de Janeiro; 4Karoon Brasil


RESUMO: O conhecimento de mulheres atuantes nas geociências data do século XIX. Acredita-se que a primeira geóloga tenha sido Etheldred Benett (1810). A influência de Benett nas geociências é associada a Aylmer Bourke Lambert, grande botânico e colecionador de fósseis. Entretanto, o primeiro registro oficial de uma geóloga e pioneira na indústria do petróleo foi o da Dra. Carlotta Maury, formada pela Cornell University (EUA) em 1902. Ela ingressou na Royal Dutch Shell (Venezuela) por volta de 1910, onde atuava como consultora geológica. Dra. Maury era paleontóloga, especializada em estratigrafia. Muitos anos passaram-se sem que houvesse uma expressão feminina significativa na indústria do petróleo. Devido a esta inexpressividade, a entrada das mulheres no mercado de trabalho encontra reflexos na atualidade. Estudos realizados pela Payscale revelam a desigualdade de gênero em diversas áreas. No setor de Energia, a cada dólar pago aos homens, uma média de 0,83 de dólar é pago às mulheres. A pesquisa também revelou que em nenhum dos setores estudados a mulher recebe igual ou mais que os homens. Além da questão salarial, as mulheres também não ocupam a mesma quantidade de vagas no mercado de trabalho. Isso é recorrente na área de óleo e gás, onde o estereótipo é que os homens são mais “aptos” e mais fortes. De acordo com o Bureau of Labor Statistics, as mulheres representam apenas 38% dos funcionários nas indústrias de engenharia e ciência. Para cargos de CEO esse número cai para apenas 4,4%. Contudo, há nomes no mundo, como Ceri Powell, que representam bem a força feminina. Powell é uma das poucas mulheres que ocupa um posto de destaque na indústria petrolífera atual. Doutora em geologia estrutural pela Universidade de Cardiff e, desde 2009, é Diretora Executiva da Shell, em Brunei. No Brasil, a representatividade fica com as expoentes Solange da Silva Guedes e Sylvia dos Anjos. Uma formada em Eng. Civil e Diretora de Exploração, a outra formada em Geologia e atual gerente de geologia da área de Libra, ambas na Petrobrás. Atualmente, grandes empresas e associações têm incentivado a equidade de gêneros no mercado de trabalho. Um exemplo é a American Association of Petroleum Geologists (AAPG). É uma associação mundialmente reconhecida, que dá voz às mulheres através do PROWESS - grupo especial que tem como missão aumentar a participação das mulheres nas ciências da terra e na indústria de energia, com ênfase na educação, divulgação, e desenvolvimento de liderança. A AAPG também estimula a maior participação das mulheres, e dos jovens profissionais, no cenário energético através do Young Professional, time de jovens profissionais da indústria petrolífera, que tem como missão divulgar as geociências, fomentar a pesquisa científica, além de promover o networking de profissionais e estudantes que atuam no setor. No Brasil, o Young Professional foi criado em 2013. Hoje conta com uma parcela feminina de 60%, ocupando inclusive cargos de diretoria. Espera-se que esse número se mantenha cada vez mais equilibrado nos próximos anos, incentivando a maior participação de mulheres no setor energético.



PALAVRAS-CHAVE: MULHER, CARREIRA, PETRÓLEO.

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