No início do mês de outubro a ANP lançou o anuário estatístico de 2018 que apresenta apanhado geral global da exploração e retrata a visão atual da exploração, produção e comércio de petróleo, gás natural e biocombustíveis no Brasil e sua evolução nos últimos 10 anos.
Neste post apresentaremos apenas os principais pontos, para maiores informações podem verificar o site da ANP (LINK)
Todas as figuras e gráficos foram retirados do anuário.
Em 2017, as reservas provadas de petróleo no mundo atingiram a marca de 1,7 trilhão de barris, mantendo-se no mesmo patamar de 2016, com um pequeno decrescimento de 0,03%. O volume de reservas do Oriente Médio, região que concentra a maior parte das reservas mundiais, atingiram 807,7 bilhões de barris (47,7% do total mundial). Dentre os países, a Venezuela seguiu como detentora do maior volume de reservas petrolíferas, com 303,2 bilhões de barris (17,9% do
total mundial), após ter ultrapassado a Arábia Saudita em 2010
Em relação ao preço do barril podemos ver as variação dos últimos 10 anos no gráfico abaixo, com um detalhe para o ano de 2016-2017 que manteve um pequeno aumento ao longo do período.
A produção nacional de petróleo cresceu 4,2% em 2017, quarto ano consecutivo de aumento, e atingiu 2,6 milhões de barris/dia. A elevação foi liderada pela oferta de petróleo do pré-sal, que alcançou a média de 1,3 milhão de barris/dia no ano, cerca de 50% da produção do País. Em função do aumento da produção interna, o Brasil reduziu sua necessidade de importação de petróleo em 16,4%.
Esse aumento na produção se evidencia na arrecadação do governo. Em 2017, o investimento em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) foi de R$ 1,3 bilhão, crescimento de 49,1% em relação ao ano anterior. Já o montante gerado de participações governamentais atingiu R$ 30,5 bilhões em 2017, sendo R$ 15,3 bilhões em royalties e R$ 15,2 bilhões em participação especial.
Exploração & Produção:
Até o fim de 2017, 749 áreas estavam sob contratos: 303 blocos na fase de exploração, 75 campos em desenvolvimento da produção e 371 campos na etapa de produção. Dos blocos em fase de exploração, 110 se localizavam em mar, 192 em terra e 1 em terra/mar. Com relação aos 371 campos em produção, dos quais 98 em mar e 273 em terra, a Petrobras era a única contratada em 284 deles, e operadora do consórcio de outros 13 campos.
Em 2017, foram adquiridos cerca de 20 mil km lineares em dados sísmicos 2D não exclusivos e nenhum em dado exclusivo. Por meio da sísmica 3D, houve aquisição de 23,8 mil km2 de dados não exclusivos e 82 km2 de dado exclusivos adquiridos. No que se refere aos métodos potenciais, por meio da gravimetria, foram mapeados 33,3 mil km de dados não exclusivos, e 33,3 mil km de dados não exclusivos, por meio de magnetometria.
Foram perfurados 237 poços, sendo 175 (74% do total) em terra e 62 no mar. O número total de poços perfurados teve redução de 8,5% em comparação a 2016. Enquanto a quantidade de poços perfurados em mar foi 22,5% menor do que em 2016, em terra a queda foi de 2,2%.
No fim de 2017, as reservas totais de petróleo do Brasil foram contabilizadas em 23,6 bilhões de barris, volume 4,1% maior que em 2016. Por sua vez, as reservas provadas totalizaram 12,8 bilhões de barris, aumento de 1,3% em relação ao ano anterior. O Brasil ocupou a 15ª posição no ranking mundial de países com as maiores reservas provadas de petróleo.
Em 2017, a produção nacional de petróleo atingiu 957 milhões de barris (média de 2,6 milhões de barris/dia), ficando na 10ª colocação do ranking mundial de produtores de petróleo. A produção de petróleo no pré-sal passou de 372,7 milhões de barris em 2016 para 469,9 milhões de barris em 2017, alcançando, na média, a marca de 1,3 milhão de barris/dia no ano.
A Petrobras manteve-se como a concessionária que mais produziu petróleo e gás natural: 77,8% e 76,6% de participação no total respectivamente.
As 10 maiores produções de petróelo por concessionaria pode ser verificado no gráfico abaixo.
Comércio:
Em 2017, o Brasil reduziu sua necessidade de importação de petróleo em 16,4%, para 54,5 milhões de barris de petróleo, que correspondeu a um decréscimo de 10,7 milhões de barris. O aumento da produção nacional de petróleo e a redução do processamento das refinarias para a produção de derivados contribuem para explicar essa queda. As regiões que mais exportaram petróleo para o Brasil foram África e Oriente Médio.
As exportações brasileiras de petróleo tiveram novo aumento em 2017 (24,8%), alcançando o maior valor da série histórica, 363,7 milhões de barris. Além disso, a receita gerada foi 65% maior que em 2016, fixando-se em US$ 16,6 bilhões, enquanto o preço médio do barril passou de US$ 34,58 para US$ 45,70, registrando alta de 32,2%.
Editado pelo YP: Guilherme Arruda
Comments